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QUEMSOMOS?
Não se pode acreditar que todas as pessoas procurem um Studio pela mesma necessidade; alguns ensaiam para um show outros a uma pré-produção de gravação etc., são universos completamente diferentes e que precisam ser respeitados em suas nuances. Para isso o Studio Portal Produtora possui além de equipamentos versáteis para estes ensaios e gravações, muita escuta e atenção às necessidades de cada músico, ou melhor, de cada artista-criador desde o momento do primeiro contato com a Portal.
Mais do que um simples estúdio musical, o Portal Produtora visa ter a arte circulando em todos os lugares, dentro e fora de sua sede, o tempo todo. Não somos máquinas reprodutoras de sons ou conteúdos, mas sim, estamos aqui para criar junto com nossos frequentadores, aprender com vocês. E nossa sede, localizada no simpático bairro de Perdizes, em São Paulo, é um sobrado que conta com diversos espaços: a sala de ensaio, a sala de gravação em conjunto com a sala técnica de mixagem e masterização, uma antessala usada como recepção e co-working, uma área externa, cozinha etc. sempre com vista a fazer circular uma energia de arte, de criação, que bem sabemos, só pode existir quando nos sentimos num ambiente acolhedor, nada burocrático e muito organizado para que todos os frequentadores sempre possam ter a melhor experiência artística, criativa e de convivência com a música e seus derivados.
Fala-se em renascimento do Studio Portal Produtora, pois é um local tradicional paulistano, que já esteve sob a batuta de talentosíssimos músicos e produtores. O Studio também tem projetos de investir em produtos audiovisuais como videoclipes, dublagem e outras áreas que dialogam com a música num sentido mais amplo de expressão cultural. Marcello Pêtri comanda o Studio desde 2017 com essa função Hercúlea de transformar algo formatado pelo mercado como genérico em um ponto de cultura, de troca e de horizontalidade seja de valores, de demandas ou de simplesmente um artista necessitado de se expressar de forma não-pasteurizada.
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OQUEFAZEMOS?
O Studio oferece diversos serviços. Esta é a palavra ‘menos pior’ para tentar designar o que fazemos. Aqui, quanto menos genérico, melhor! Serviço é pensado aqui como algo horizontal, nada unilateral, com troca, particularidade e amizade. Dentre as atividades exercidas estão ENSAIOS, GRAVAÇÕES, AULAS E CURSOS, AUDIOVISUAL, PRODUÇÃO e outros serviços que podemos pensar e criar em conjunto!
Preocupação com timbres, equipamentos, sonoridade, dinâmica, disposição da banda tanto em ensaios para shows, para produções como para gravações são latentes no Studio. Retirar do frequentador a ideia de que está fazendo “algo errado” ou de que não é bem-vindo ali:
“frequento estúdios desde sempre, e o que sempre me incomodou foi esse tratamento genérico e de qualquer jeito praticado pela imensa maioria desses locais. Parece que simplesmente abrem as portas e dizem ´tá aí, o equipamento que tenho é esse, usa aí´como e não tivessem a menor responsabilidade ou zelo pelo artista que os procuram. Nunca me senti em casa num lugar assim, fica difícil se sentir a vontade e deixar a criatividade fluir”, diz Marcello Pêtri, que realmente se empenha em acolher os artistas que o procuram, como se compartilhassem da mesma casa, da sensação de abrir as portas do seu lar, mas com diferencial do acolhimento e dessa escuta mais íntima das necessidades artísticas e pessoais de seus parceiros (não meramente clientes).
Para informações mais detalhadas, valores e possibilidades acesse a seção SERVIÇOS. Veja mais fotos do Studio na GALERIA
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Ainda muito jovem foi despertado em Marcello o interesse pela música. Foi influenciado principalmente por seu pai, que lhe cantarolava canções da música popular brasileira de sua época. Até que por volta de seus 10 anos, é apresentado a ele uma das relíquias da família: uma fita cassete da banda Uriah Heep, um dos principais nomes do rock progressivo mundial. Este foi seu primeiro contato com rock de verdade. Juntos então, pai e filho começam a ouvir Black Sabbath, e com introdução da música “NIB”, Marcello fica fascinado por aquele tipo de som. É então que o pai confessa ter sido baterista por hobby e ensina o filho a identificar as sonoridades e o posicionamento das peças de uma bateria, falando sobre a ‘Ludwig perolada’ que tinha (Marcello tem a caixa dessa bateria até hoje).
Porém, Marcello não poderia ter uma bateria, pois viveu em uma época onde o acesso às coisas era difícil e o espaço físico de sua casa era bem pequeno. Foi quando o pai o presenteou com seu primeiro violão. Como o autodidata que sempre foi, o jovem na época com 11 anos, começa a tirar músicas e tocar com o auxílio das famosas revistinhas de cifras. Mas, a paixão era mesmo a bateria. Interessado em aprender mais sobre o universo da bateria, foi procurar auxílio de alguém mais experiente, o professor Álvaro Paixão, da primeira escola especializada em bateria de São Paulo que não era um conservatório, a Drummer. Álvaro foi quem lhe abriu o caminho para ser um “baterista de verdade”. Ele o ensinou a ler partituras, seus primeiros rudimentos, como estudar bateria e principalmente fomentou o caminho da AUTONOMIA nos estudos. Marcello ainda não tinha bateria em casa, e tirava músicas e estudava brincando com um par de baquetas no colchão de sua cama (“técnica” que o baterista leva consigo durante a vida toda). A escola era muito focada em teoria e técnica, porém seu professor ao final de cada módulo, sempre o fomentava a tirar e executar uma música, como um ritual de passagem. E por duas vezes Marcello quis tocar Metallica: “Sad But True” e “Wherever I May Roam” (ambas do então último disco da banda, que até hoje, mais de 25 anos depois, é referência na produção musical). Como faz até hoje, foi detalhista e pegou cada detalhe da música para reproduzi-la ao vivo. Esta também é uma das principais caraterísticas do baterista que permanece até hoje.
Na mesma época, Marcello conhece aquele que seria seu parceiro musical de toda a adolescência, Daniel Meola. Ambos, muito apaixonados por Metallica, reuniam-se para tocar as músicas da banda e, nesse estudo, foram conhecendo diversas bandas que formaram seu repertório de Metal e o fizeram a estudar para “tocar como esses caras”: Dio, Megadeth, Manowar, Helloween e Iron Maiden (o qual teve uma banda cover chamada ‘Atlanti’). Desde então passou a frequentar vários estúdios e verificar a impessoalidade preponderante neles e que passa longe dos princípios do Portal Produtora.
Foi também através de Álvaro, que nessa época que conseguiu sua primeira bateria: uma Luthier, ou seja, do célebre Tibério Correa. Era uma bateria branca que imitava a Yamaha record, com os cascos das peças pretas por dentro, sem tom holder, branca, grande e de fórmica.
Nessas aventuras musicais com o amigo Meola (que era como um outro tutor musical, quase um ídolo, por ser mais velho e mais experiente com a música), com a banda, descobriu um estúdio recém-inaugurado perto de casa, o “Banana Boom”. Marcello adorou o estúdio, era grande, complexo, até piscina tinha. Lá conheceu João Marcos, baterista e proprietário do estúdio, que o adotou como um filho. Quando menos percebeu, Marcello era um moleque de 13 anos trabalhando com João numa ‘banda de baile’ e no Banana Boom (Que também era uma produtora), aprendendo a cada vez mais a lidar com todos os instrumentos e principalmente com ambiente artístico e criativo da música. E, uma vez em contato com a arte, difícil se desvencilhar dela. Quando percebeu, Marcello era o técnico responsável pelo estúdio e com 17 anos, já fazia suas primeiras produções musicais.
Com esse trabalho, sua percepção musical expandiu muito: outros bateras, outros estilos de música, o que permitiu-se estudar mais a fundo técnicas mais aprimoradas e conhecer uma outra leva de referências: Dennis Chamers, Vinnie Colaiuta, Chick Correa (com Dave Weckl) e com eles se encantou de como o mundo da bateria e da música são muito maiores do que o que podia imaginar.
Foi nessa época também que adquiriu com suas economias seu maior xodó: sua segunda bateria, a TAMA Rockstar 1990, uma relíquia com uma configuração menor que a outra, mas com tambores power! E então passou a tocar com uma série de bandas dos mais variados estilos até sair do estúdio para fazer faculdade. Mesmo assim, mantinha um home studio com o amigo Meola onde ensaiavam e gravavam. Mesmo com o fim do Iron Maiden cover, o sonho persistia e os mantinham em contato com a música.
Um último fato marcante sobre a época de Banana Boom: o estúdio promovia diversos eventos, como masterclasses de músicos renomados da época. Dois nomes foram marcantes para Marcello: Alexandre Aposan e principalmente Ricardo Confessori. Marcelo foi o técnico dele no evento: “quando soube que o Ricardo ia aparecer no estúdio fui pesquisar sobre seu trabalho e ‘caraca ele toca muito’. Comecei a ser fã do Ricardo mesmo antes de entender direito as bandas que ele tocava”. Nesse masterclass, Marcello teve um desentendimento com Confessori, obrigando-o a encerrar a aula pois já teria ultrapassado seu horário e uma banda precisava ensaiar no estúdio. “Um dia ainda vou explicar a história toda pra ele”, pensou. A admiração persistiu, e anos depois, num show da banda Shaman em Santos, Marcello contou e se explicou ao ídolo e agora também amigo.
A amizade entre os dois foi tão grande e intensa, que trabalharam juntos desde então. Marcello trabalhou como roadie da Shaman na turnê do disco “Immortal” pelo Brasil e com a oportunidade, aprendeu muita coisa referente a produção musical, ao trabalho de roadie em alta performance, como se virar em situações difíceis, gravações de DVD ao vivo e de estúdio. Foi como uma grande escola para o músico. Este foi o momento em que mais rápido evoluiu, não só nos tambores, mas em toda a gama da música.
Esta evolução também se tornou presente em seus parceiros e trabalhos, tendo como exemplo maior Leo Mancini (músico de renome, grande guitarrista e ex-proprietário do studio Portal Produtora). Marcello passou a trabalhar com Leo em eventos renomados em SESCs, hotéis etc. e também com nomes de peso como: Gal Costa, Debora Blando, Neymar Dias, Saulo Vasconcelos, Leo Neiva, Alírio Neto e bandas além do próprio shaman como Angra, Almah, Noturnall, Timo Tolkki, Lipstick, Izzi (atual banda Malta), Folk It All
Em paralelo, segue com sua carreira de músico, tocando desde 2009 com a banda “Kings of Steel”, que além de ser o único cover oficial do Manowar reconhecido pela banda no mundo, tem um trabalho autoral em vias de lançamento. Com a banda, Marcello participou de eventos memoráveis como a turnê Death To Infidels 2010 (onde abriram os shows do próprio Manowar em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), também tocando em Goiânia com headliner num festival, em Extrema e diversas cidades nestes quase 10 anos de banda. Neste tempo todo também toca com outros projetos, como o próprio Leo Mancini, com a cantora Georgia Melo, a banda Áudio Estrada etc.
E ao revisitar toda sua carreira, seus trabalhos e suas demandas, Marcello intui que agora é a hora de juntar tudo isso num único empreendimento e então assume a direção do Studio Portal Produtora em 2017 com sua missão de vida: transformar! Retirar a impessoalidade e a falta de escuta com os músicos e artistas dos estúdios “tradicionais” e ressignificar as funções de um studio, neste caso, primeiramente do Portal Produtora.
MARCELLOPÊTRI
Diretor do Studio